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Gustavo Ruiz Cantillo
15 de novembro de 2000

GUSTAVO RUIZ CANTILLO, Colômbia

Era filho de Pivijay, vilarejo do departamento colombiano de Magdalena, na costa norte do país, cuja capital é Santa Marta, e local que abriga uma parte essencial da história da Colômbia, principalmente a história das diversas violências sofridas: o massacre das bananas em 1928; disputas sangrentas pelo domínio da maconha nos anos 70, e a presença, desde a década de 80 até hoje, de grupos paramilitares e da guerrilha, que tentam a todo custo controlar o território e o governo local.   

Foi aí que nasceu Gustavo Ruiz Cantillo, aí também que cresceu, foi à escola e aprendeu sobre a realidade ao seu redor. Aprendeu também a ser radialista, profissão que exerceu durante 10 anos. Conhecedor profundo da sua comunidade, adotou uma característica que o tornaria extremamente popular e também lhe traria riscos: ser convincente e confiável, e falar  sempre a verdade. Nos seus últimos três anos de vida, denunciou, usando suas próprias investigações ou a polícia como fonte, os grupos armados que estavam aterrorizando a população e trazendo a morte para perto deles.

Sabia muito bem que Pivijay era controlado pelos paramilitares, que havia corrupção, assaltos e roubos, que os professores não recebiam seus salários, que os aumentos das tarifas de eletricidade eram aleatórios e que esse serviço era deficiente. O jornalista mantinha seu grande público chamando a atenção para todas as irregularidades na região. Era corajoso e um firme defensor da liberdade de expressão, apesar de conhecer o triste recorde de Magdalena, onde 12 jornalistas haviam sido assassinados nos últimos dez anos. 

Mas Ruiz Cantillo não tomou as precauções necessárias mesmo depois de ter sido parado uma vez na rua por três homens que o ameaçaram dizendo “Não seja linguarudo. Você pode se dar mal”. Comentou o incidente apenas com seu cunhado e pediu-lhe que mantivesse sigilo para não preocupar sua família. Os homens estavam se referindo às suas denúncias na rádio sobre o aumento dos assaltos e assassinatos na área rural e sobre os grupos armados marginais.   

Um mês depois, Ruiz seria mais um jornalista morto, vítima de um revólver. Às cinco da tarde do dia 15 de novembro de 2000, quando cruzava a praça do mercado, não percebeu que dois homens o seguiam de perto. Um deles disparou por trás dele, apontando para sua cabeça.

Quando a SIP chegou para investigar a situação do processo, descobriu que estava jogado no chão da Promotoria Especializada de Santa Marta. A pessoa encarregada disse que “os prazos venceram e não foi possível identificar os responsáveis”. Após intervenção da SIP,  o caso foi transferido, em fevereiro de 2006, para a Unidade de Direitos Humanos de Bogotá, onde o processo foi reaberto. A promotoria pediu a prisão de vários envolvidos, entre eles um chefe paramilitar extraditado para os Estados Unidos, e pediu à Vara Penal de Santa Marta que ditasse a sentença respectiva.  



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