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Ivan Rocha


22 de abril de 1991

Caso: Ivan Rocha


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Caso arquivo:



(desaparecido em 22/4/1991) Local e circunstâncias do desaparecimento: foi seqüestrado em 22 de abril de 1991, quando passava por um terreno baldio. Ia buscar a noiva, Rosária Monti, da Faculdade de Letras. Provável causa: Antes de desaparecer, Rocha disse na Rádio Alvorada FM, de Teixeira de Freitas, que no dia seguinte iria divulgar o nome de policiais e de um influente deputado envolvidos num grupo de extermínio no Extremo Sul da Bahia. Há algum tempo o radialista vinha denunciando os crimes cometidos por esse grupo. Suspeitos: Foi decretada a prisão preventiva dos policiais militares Jorge Elias Jacob Mattar, Antônio Carlos Ribeiro de Souza, Domingos Cardoso dos Santos e Adilson Dias Ramos. Também foi preso preventivamente Salvador Rodrigues Brandão Filho. Mas o Ministério Público considerou que havia provas somente contra Brandão Filho, Souza e Dos Santos e ofereceu denúncia contra os três. Os policiais militares envolvidos no crime foram exonerados. Brandão Filho e os policiais Souza e Dos Santos chegaram a ser julgados. Dos Santos foi absolvido. Os dois primeiros foram condenados a cinco anos de prisão, mas os desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia acataram a apelação e os absolveram. A alegação foi que o corpo do jornalista não foi encontrado. O caso foi arquivado em 1994.



Arquivo pessoal:



Ivan Rocha (Valdeci de Jesus era seu nome verdadeiro) Idade ao morrer: 33 anos Estado Civil: solteiro Profissão/cargo: apresentador do programa “A voz de Ivan Rocha”, na Rádio Alvorada AM, de Teixeira de Freitas Antecedentes Jornalísticos: foi dirigente regional do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia no Extremo Sul. Participou também do jornal A Notícia. CRONOLOGIA 22 de abril de 1991 – Desaparece Ivan Rocha, jornalista e locutor de rádio. Ele denunciava a existência de um “sindicato do crime” no Extremo Sul da Bahia, com envolvimento de policiais e políticos da região. 23 de abril – Representantes de sindicatos, amigos e familiares criam o “Comitê de Solidariedade Ivan Rocha e outras desaparecidos”. 30 de abril – Parlamentares da Comissão dos Direitos Humanos da Assembléia Legislativa da Bahia visitam Teixeira de Freitas e são alertados sobre o clima de tensão e violência. Jackson Silva é nomeado delegado especial de polícia e Edward Cabral é o promotor indicado para investigar o caso. 8 de maio – É realizado um ato ecumênico de protesto contra a violência na Praça de Caravelas, em Teixeira de Freitas, com a participação de sete mil pessoas. 9 de maio – A juíza da Comarca de Teixeira de Freitas decreta a prisão provisória dos policiais militares (PMs) Jorge Elias Jacob Mattar, Antônio Carlos Ribeiro de Souza e Adilson Dias Ramos, além de Salvador Rodrigues Brandão Filho. Todos fogem antes de serem presos. Mais tarde, o policial militar Jorge Mattar se apresenta à corporação e os policiais Ribeiro e Ramos são expulsos da corporação. 15 de maio – São encontradas nove ossadas, algumas queimadas e sem cabeça. O Procurador Geral da República, Aristides Junqueira, acata a denúncia de crime por omissão feita pela Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) contra o governador Antônio Carlos Magalhães por não ter apurado as causas do desaparecimento de Rocha. 20 de maio – O juiz da Comarca de Itagimirim, Benedito Coelho, decreta a prisão preventiva do sargento da Polícia Militar Jorge Elias Jacob Mattar, acusado de liderar um grupo de extermínio na região do Extremo Sul da Bahia. 27 de maio – No encontro realizado na Procuradoria Geral da República, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Bahia denuncia o caso Rocha e pede a intervenção da Polícia Federal. 28 de maio – O Comitê de Solidariedade de Ivan Rocha espalha dois mil cartazes com o título “Onde está Ivan Rocha” e coloca 10 faixas em Teixeira de Freitas. 31 de maio - As faixas desaparecem da cidade. A mãe de Rocha relatou ter sido “seqüestrada” pela polícia. 1º de junho – A mãe de Rocha aparece na televisão em Salvador. O jornalista desaparecido é acusado de falsificador de documentos e estelionatário, porque seu nome verdadeiro era Valdeci de Jesus. 3 de junho – O deputado Edival Passos, presidente da Assembléia Legislativa da Bahia, convocou a Comissão de Direitos Humanos da entidade para ouvir os testemunhos do pai e da irmã do desaparecido. Durante a sessão, o deputado Eujácio Simões, que estava embriagado, provocou um tumulto. A Polícia Militar libertou a mãe de Rocha na porta de sua casa. Estava em estado de choque. O Sindicato dos Jornalistas da Bahia envia uma nota à imprensa manifestando a falta de empenho da polícia em descobrir o paradeiro do jornalista desaparecido. 5 de junho - O caso Rocha provoca uma discussão acirrada e brigas e fecha a Assembléia Legislativa da Bahia. 11 de junho – Um representante do Comitê de Solidariedade e da Comissão de Direitos Humanos do Extremo Sul da Bahia denunciou o seqüestro da mãe de Rocha no Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Ministério da Justiça. 19 de junho – A juíza da Comarca de Teixeira de Freitas decreta a prisão temporária de Domingos Cardoso dos Santos. 26 de junho – A mãe de Rocha fala sobre o seu “seqüestro” diante do promotor público e representante do Comitê de Solidariedade. 28 de junho – A juíza da Comarca de Teixeira de Freitas expede um mandado de prisão preventiva de Salvador Rodrigues Brandão Filho e Antônio Carlos Ribeiro de Souza. 3 de julho – Um membro do Comitê de Solidariedade tentou falar com Cirlene Alves Neto, testemunha principal do inquérito, para oferecer proteção, mas constatou que ela havia viajado para Vitória (Espírito Santo), tendo se empregado como doméstica. 4 de julho – O juiz de Direito plantonista decretou a prisão preventiva de Domingos Cardoso dos Santos 19 de julho – O delegado Jackson Silva entregou o relatório do inquérito policial nº 001/91 da Delegacia Especial em Teixeira de Freitas. No relatório, o desaparecimento de Ivan Rocha foi qualificado de seqüestro. As vítimas apontadas são Ivan Santos da Rocha, ou Valdeci de Jesus, e a sociedade. São indiciados: Antônio Carlos Ribeiro de Souza, Salvador Rodrigues Brandão Filho, Domingos Cardoso dos Santos, Adilson Dias Ramos e Joel Caetano Pereira. 29 de julho – O juiz de Direito plantonista de Teixeira de Freitas decretou a prisão preventiva dos indiciados Adilson Dias Ramos, Jorge Elias Jacob Mattar e Joel Caetano Pereira. Salvador Rodrigues Brandão Filho e Adilson Dias Ramos estavam foragidos. 8 de agosto – O representante do Ministério Público Estadual enviou à juíza de Direito da Comarca de Teixeira de Freitas denúncia contra Salvador Rodrigues Brandão Filho, Antônio Carlos Ribeiro de Souza e Domingos Cardoso dos Santos. Classificou o desaparecimento do jornalista como “seqüestro”. 16 de agosto – A principal testemunha do inquérito, Cirlene Alves Neto, foi “seqüestrada” pelo mesmo policial que havia levado a mãe de Ivan Rocha. Apareceu na televisão com o advogado de Salvador Rodrigues Brandão Filho, principal acusado do processo, e desmentiu o seu depoimento perante o promotor e o delegado especial. O advogado Jehová de Carvalho prometeu entrar na Justiça contra o delegado Jackson Silva e o promotor Edward Cabral, alegando que haviam pressionado sua cliente a falar que tinha visto o seqüestro e reconhecido os suspeitos. Segundo boatos de populares em Teixeira de Freitas, Cirlene estaria vivendo com o seu “seqüestrador”, o policial militar conhecido por Cidadão. 28 de agosto – O padre José deu um depoimento perante o Conselho de Disciplina do 13º Batalhão da PM em Teixeira de Freitas que apurou as acusações contra o 2º sargento Jorge Elias Jacob Mattar. O sargento estava acompanhado de seu advogado, o tenente-coronel Osvaldo, então delegado em Teixeira de Freitas. 1994 – O caso foi arquivado por falta de provas contra os suspeitos. A alegação foi que nunca se encontrou o corpo do jornalista. Fonte: Centro de Defesa dos Direitos Humanos do Extremo Sul da Bahia


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