Data do assassinato: 29/12/1988

Local e circunstâncias do assassinato: Na quarta-feira, dia 28 de dezembro de 1988, Luiz Otávio saiu da redação do jornal, após uma festa de Amigo Oculto, às 21h para outros dois encontros de confraternização. O primeiro, na secretaria de Segurança, até as 22h30min. O segundo, no Clube Olaria, localizado no Morro da Liberdade, promovido pela Delegacia de Vigilância e Capturas. Por volta da 1h, testemunhas relataram que o viram conversar com o delegado Raimundo Guimarães. Meia hora depois, foi visto bebendo na mesa com um escrivão de polícia. Poucas horas depois, seu corpo foi encontrado na estrada da refinaria, Distrito Industrial, em uma vala onde era costume a desova de criminosos comuns. Tinha quatro tiros na cabeça. Segundo a perícia, o jornalista foi assassinado entre 5h e 5h30min do dia 29 de dezembro de 1988.

Provável causa: Há mais de uma hipótese. Monteiro tinha informações privilegiadas de fontes da polícia. Havia feito um dossiê sobre um político muito conhecido e carregava documentos em uma pasta que desapareceu após o assassinato. Suspeita-se que tenha descoberto o envolvimento de policiais e empresários da região em crimes de roubo e contrabando, ou com um esquadrão da morte. Também foi cogitada como causa uma denúncia publicada no jornal sobre um esquema de propina relacionado ao furto de veículos (que envolveria o policial civil Evandro Alves de Almeida, um dos acusados de participação no crime). Informações colhidas pela SIP indicam que Monteiro estaria coletando dados sobre irregularidades do governo Amazonino Mendes.

Suspeitos: policial civil Evandro Alves de Almeida (foragido desde maio de 1989) e policial civil Marlo Ricardo Souza dos Santos (condenado em 9 de maio de 2007 a 16 anos de reclusão pelo homicídio de Luiz Otávio Monteiro). Não foi identificado o autor intelectual do crime.

Lugar de Nascimento: Itapiranga, Amazonas

Idade ao morrer: 40 anos

Estado Civil: casado com Rosimar Duarte Monteiro

Filhos (nomes e idades na data da morte do pai):
Fredson (18 anos); Fabrícia (19 anos); Fabiana (17 anos); Franklin (13 anos); Flávio Luiz (13 anos); Bianca (12 anos); Robson (11 anos). O filho Franklin Duarte Monteiro foi assassinado com 33 anos no pátio da própria casa. A família disse que ele estava envolvido com drogas.

Educação: 2º grau

Profissão/cargo: há quatro meses atuava como repórter e editor de polícia do jornal Amazonas em Tempo

Antecedentes Jornalísticos: antes de ser jornalista, trabalhou em tipografias de Manaus. Foi repórter policial do Diário Popular, Jornal do Comércio, A Crítica e A Notícia (de novembro de 1982 a agosto de 1988). Transferiu-se então para o Amazonas em Tempo.