DATA DO ASSASSINATO: 3 de julho de 1991 LOCAL E CIRCUNSTÂNCIAS Oropeza foi esfaqueado em seu consultório às 19h30 aproximadamente, durante um dia normal de consulta médica en Ciudad de Juárez. Dois dos quatro homens que estavam na sala de espera entraram na sala de consulta. Segundo o relatório médico-legal, os dois criminosos feriram Oropeza com 14 punhaladas, e este reagiu energicamente ao ataque. Testemunhas viram quatro suspeitos saírem caminhando tranqüilamente do consultório. O corpo foi encontrado à meia-noite pela esposa e filho de Oropeza. POSSÍVEIS MOTIVOS Duras críticas e denúncias que o jornalista fazia em sua coluna "À Minha Maneira", e nas quais ultimamente se referia à "estreita relação" entre os órgãos policiais e os narcotraficantes. Identificou várias vezes, com nome e sobrenome, policiais responsáveis por abusos e violações dos direitos humanos. SUSPEITOS Três suspeitos, dois deles detidos, foram libertados imediatamente depois de uma recomendação da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNHD), em fevereiro de 1992. Alegou-se que haviam confessado a autoria sob ameaças. Até o momento, ninguém foi processado nem acusado pelo crime. CONSEQÜÊNCIAS VIOLENTAS Foram registradas ameaças anônimas contra o pai de Patricia Martínez Téllez, a viúva de Oropeza, para que sua filha deixasse de exigir maiores investigações. IRREGULARIDADES DO PROCESSO Os primeiros policiais que investigaram o caso haviam sido criticados pela vítima em suas colunas jornalísticas por estarem relacionados ao narcotráfico. Existem fortes indícios de que as autoridades ignora ram evidências, destruíram pistas, fabricaram informação e prenderam inocentes. A CNDH determinou que as confissões dos detidos haviam sido obtidas com uso de tortura e coação.

Local de nascimento: Cidade de Puebla de Los Angeles, Puebla, México Idade ao falecer: 60 anos Estado civil: Viúvo de Luz María Gutiérrez, e casado pela segunda vez com Patricia Martínez Téllez Filhos: (nomes e idades na época do falecimento do pai) Víctor Manuel, 30, e Alejandro, 26 (ambos do primeiro casamento) Formação: Médico e cirurgião diplomado pelo Instituto Politécnico Nacional da Cidade do México Profissão/cargo: Médico homeopata. Jornalista e colunista do Diario de Juárez. Experiência jornalística: Foi colaborador da revista política de circulação nacional Siempre e do Diario de Chihuahua. A partir de 1982, seus artigos foram publicados no jornal El Universal, de Ciudad Juárez. Em 1984, começou a publicar sua famosa coluna "À Minha Maneira", no Diario de Juárez, de Ciudad Juárez, prática que manteve até ser assassinado. Anos de exercício do jornalismo: 28 anos Premiações: Placa póstuma da Associação de Jornalistas de Ciudad Juárez, no monumento à Liberdade de Expressão, em 1994. Outras atividades: Foi fundador e presidente da Associação de Ex-Alunos do Instituto Politécnico Nacional de Ciudad Juárez e fundador da Associação de Ecologia de Rio Bravo. Participou da fundação do Partido Mexicano dos Trabalhadores e foi simpatizante do Partido de Ação Nacional. Hobbies: Era aficionado por esqui e natação. Era também um ávido leitor.