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Brasil
Mayo 29, 2009
Condenado pelo assassinato de radialista no Brasil
URR - Brasil

Cássio Santana de Souza foi condenado em 27 de maio de 2009 a 23 anos e 6 meses de prisão em regime fechado pela participação no assassinato do radialista Nicanor Linhares Batista.

O julgamento aconteceu em Fortaleza. Souza vai cumprir pena por homicídio qualificado e formação de quadrilha. Outro acusado do crime, Francisco Edésio de Almeida, deveria ter sido julgado no mesmo dia, mas teve o julgamento adiado porque seu advogado de defesa desistiu do caso e teve de ser substituído. Segundo informação da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Ceará, a previsão é que o novo júri ocorra em agosto, ainda sem data marcada.

Nicanor Linhares Batista tinha era diretor-proprietário da Rádio Vale do Jaguaribe AM. Foi assassinado por volta das 19h30min do dia 30 de junho de 2003 dentro do estúdio da própria rádio, em Limoeiro do Norte, interior do Ceará.

Batista era um apresentador polêmico que não poupava críticas à administração pública. Nove pessoas foram acusadas pelo crime. Entre elas, o desembargador federal José Maria Lucena, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região de Recife, Pernambuco, e sua mulher, a ex-prefeita de Limoeiro do Norte, Maria Arivan de Holanda Lucena, apontados como autores intelectuais do assassinato.

A ação contra o desembargador acontece em foro especial, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), devido ao cargo que ocupa. O processo contra a ex-prefeita está na fase de apresentação de defesa. Ela vai ser julgada em Limoeiro do Norte. Os dois respondem ao processo em liberdade.

Em 18 de dezembro de 2008, foram julgados pelo crime Francisco Lindenor de Jesus Moura Júnior, que cumpre pena de 26 anos de reclusão, e Francisco José de Oliveira Maia, condenado a oito anos de prisão. Maia recorreu da sentença ao Tribunal de Justiça.

Aguardam a decisão de desaforamento (transferência) do julgamento de Limoeiro do Norte para Fortaleza: Nilson Osterne Maia e Otávio Viana Lima.

Em abril de 2008, José Vanderley dos Santos Nogueira, o “Cabeção”, que passara muito tempo foragido, foi preso em Marabá, no Pará, onde vivia sob um nome falso junto com sua família. Seu processo está em fase de instrução. José Roberto dos Santos Nogueira, o “Chico Orelha”, também acusado de participação, foi morto numa troca de tiros com a polícia no Estado do Rio Grande do Norte.



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