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Brasil
17 de agosto de 2009
Condenados dois milicianos que torturaram jornalistas de O DIA
URR-Brasil

(Versión sólo en portugués)
Rio de Janeiro – Um ano e três meses depois de a equipe de reportagem do jornal O DIA ter sido sequestrada e torturada na Favela do Batan, na zona oeste do Rio de Janeiro, os dois principais acusados pelo crime foram condenados exemplarmente. No dia 12 de agosto de 2009, o juiz da 1ª Vara Criminal de Bangu, Alexandre Abrahão Dias Teixeira, condenou o policial civil Odinei Fernandes da Silva e Davi Liberato de Araújo a 31 anos de prisão por tortura, roubo e formação de quadrilha armada. Os dois têm direito a recorrer da sentença. Outros sete réus ainda respondem na mesma Vara Criminal por envolvimento com a milícia do Batan.
O crime aconteceu em 14 de maio de 2008. Uma equipe do jornal O DIA formada por uma repórter, um fotógrafo e um motorista passou duas semanas no Batan colhendo informações para uma reportagem sobre a atuação das milícias. Quando a equipe foi descoberta, foi torturada durante quase oito horas com socos, pontapés choques elétricos, sufocamento com saco plástico e roleta-russa. As milícias são grupos paramilitares formados, entre outros, por policiais e ex-policiais que disputam o controle das favelas com traficantes de drogas.
O editorial de 13 de agosto no jornal O DIA diz que a sentença proferida pelo juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira é histórica: “(...) a Justiça mostra que a sociedade não quer e não pode admitir a criação de currais eleitorais. Não quer e não pode permitir que favelas virem feudos de senhores da guerra. Não quer e não pode aceitar que paramilitares ou traficantes se arroguem o poder divino de decidir sobre a vida e a morte. Não quer e não pode concordar que gangues armadas estabeleçam o que deve ou não ser noticiado”.
Segundo informações de O DIA, após o sequestro dos jornalistas e a divulgação nos meios de comunicação sobre o ocorrido, houve mudanças na favela do Batan – a comunidade recebeu um novo modelo de policiamento comunitário, chamado Unidades de Polícia Pacificadora, e a casa onde antes funcionava o quartel-general das milícias agora abriga uma estrutura subordinada ao 14º Batalhão da Polícia Militar. O crime contra os jornalistas também motivou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Durante cinco meses, os deputados investigaram a ação de milicianos em 170 favelas. O resultado foi o indiciamento de 226 acusados de envolvimento nos grupos paramilitares, entre eles parlamentares, policiais e bombeiros.
As repercussões chegaram inclusive a Brasília, onde a Câmara dos Deputados aprovou, em julho de 2008, a lei que tipifica o crime de milícia. O texto está atualmente no Senado, aguardando análise e alterações. A Polícia Federal também entrou no combate às milícias e, em 2008, prendeu 11 acusados por formação de quadrilha e coação eleitoral.



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