Denuncia ameaças de morte contra comunicador no México

Miami (1º de novembro de 2010) – A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condenou o assassinato, no Brasil, do jornalista José Rubem Pontes de Souza, o segundo em menos de duas semanas no país, e pede que as autoridades prestem atenção especial aos casos de violência e comecem as investigações imediatamente para descobrir os motivos dos crimes e chegar aos culpados.

José Rubem Pontes de Souza, de 39 anos, foi assassinado na madrugada do sábado, 30 de outubro, em Paraíba do Sul, a 147 km do Rio de Janeiro. De acordo com a polícia, o diretor-presidente do jornal Entre-Rios, no município de Três Rios, morreu depois de ser baleado no pescoço por um homem que atirou de dentro de um automóvel e fugiu em seguida. O jornalista estava saindo de uma festa em um bar e depois de ferido foi levado para o hospital mais próximo do local, onde faleceu.

O presidente da SIP, Alejandro Aguirre, disse que “lamentamos o assassinato de outro colega e confiamos que as autoridades brasileiras vão investigar imediatamente esse crime”. Aguirre, subdiretor do Diario las Américas, Flórida, acrescentou que “o tema da violência contra jornalistas e meios de comunicação no nosso hemisfério terá um destaque especial durante a Assembleia Geral da SIP, em Mérida”, que começa nesta sexta-feira, 5 de novembro, e termina na segunda-feira, 9 de novembro.

Os meios de comunicação locais informaram que o jornal Entre-Rios cobriu recentemente e com destaque o assassinato de uma jovem de São Paulo, em Três Rios.

Aguirre lembrou que em 18 de outubro passado também foi assassinado no estado do Rio Grande do Norte o jornalista Francisco Gomes de Medeiros. “Esperamos que as autoridades reajam o quanto antes para que esses crimes não se transformem em um padrão de comportamento dos criminosos”, acrescentou.




México

O presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, Robert Rivard, diretor editorial do San Antonio Express-News, de San Antonio, Texas, condenou as ameaças de morte feitas ao jornalista Jorge Alejandro Medellín, da Milenio Semanal no México.

Em 31 de outubro, em comentários feitos na internet a uma reportagem de Medellín sobre o general Felipe de Jesús Espitia, ex-comandante da Operação Conjunta Chihuahua, o jornalista, especializado em assuntos militares, recebeu ameaças de morte.

Desde o começo de 2010, 21 jornalistas foram assassinados das Américas, sendo que dois no Brasil, dez no México, oito em Honduras e um na Colômbia.