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Brasil
16 de setembro de 2011
Familiares e amigos de radialista assassinado pedem Justiça
Clarinha Glock, URR-Brasil


O radialista Valderlei Canuto Leandro, 32 anos, foi assassinado na noite de 1º de setembro de 2011 em Tabatinga, Amazonas. Dois homens em uma moto dispararam oito tiros contra o radialista, sendo que três tiros o atingiram na cabeça.

Há fortes suspeitas de que se trata de um crime político, já que Canuto, como era mais conhecido, denunciava em seu programa de rádio uma série de irregularidades praticadas pela administração municipal. Ele havia registrado queixa no Ministério Público Estadual sobre ameaças recebidas.

As denúncias eram feitas no programa Sinal Verde, que era transmitido diariamente entre 14h e 15h pela Rádio Frontera FM, em Santa Rosa, Peru. Além de apresentar o programa, Canuto trabalhava como fretista e era presidente do Sindicato dos Mototaxistas, Motofrentistas, Motoboys, Motovigias e Motoguias (Sindimotos) de Tabatinga.

A morte do radialista foi um dos temas da audiência pública itinerante realizada pela Assembleia Legislativa do Estado no dia 15 de setembro de 2011 na cidade de Tabatinga. O irmão de Canuto, Alderlei, aproveitou a oportunidade para apelar que os deputados intercedam para que o crime seja investigado e os responsáveis sejam punidos.

Localizada a 1.108 km da capital Manaus, e com cerca de 52 mil habitantes, Tabatinga é uma cidade de difícil comunicação e acesso. De Manaus a Tabatinga só se chega por barco ou avião. Fica no extremo oeste do Estado do Amazonas, na região chamada Alto Solimões, que tem este nome devido à proximidade com o Rio Solimões. Faz fronteira com os municípios de Letícia, na Colômbia, e Santa Rosa, no Peru.

A morte de Canuto talvez tivesse passado despercebida não fosse a persistência de um velho conhecido do radialista que divulgou o fato pelos meios de comunicação da região. A notícia publicada pelo Blog da Floresta (www.blogdafloresta.com) chamou a atenção do resto do país para as denúncias feitas por Canuto em seu programa.

Esse amigo - que prefere não se identificar temendo represálias - disse que a família do radialista está com medo. O radialista era casado e tinha dois filhos. Morava numa casa humilde, de madeira e piso de terra batida.

O amigo questiona por que não foi feita autópsia no corpo de Canuto. Também estranhou ter ouvido insistentes boatos na cidade sobre a reputação do radialista de que estaria envolvido com o tráfico.

Segundo este amigo, o radialista foi assassinato em uma data que antecedia o maior evento festivo do alto Solimões, o FESTSOL, e no último programa que foi ao ar antes de ser morto Canuto criticou o grande volume de recursos captado em pouco tempo pela Prefeitura para promover a festa. "Nesse mesmo dia ele recebeu, como em outras vezes, uma mensagem no seu celular dizendo: De hoje você não passa”, informou.

No dia 6 de setembro de 2011, o Blog da Floresta publicou a seguinte entrevista com o irmão de Canuto:

Família de Wanderlei rejeita vingança mas quer justiça http://www.blogdafloresta.com/cidades/6731-familia-de-wanderlei-rejeita-vinganca-mas-quer-justica-.html

Pas¬sados seis dias do co¬varde as¬sas¬si¬nato do ra¬di¬al¬ista/sindi¬cal¬ista Valderlei Canuto, todos es¬peram an¬siosa¬mente pelo de¬sen¬rolar das in¬ves¬ti¬gações.

Di¬ante dos boatos de que a família se pro¬nun¬ciará por meio de vin¬gança aos prin¬ci¬pais sus-peitos do as¬sas¬si¬nato, cabe ela re¬sponder da mesma maneira que as au¬tori¬dades lo¬cais re-spon¬deram, ou seja, com o “SILÊNCIO”.. O blog da flo¬resta con¬versou com o irmão do fale-cido ra¬di¬al¬ista, leiam a en¬tre¬vista.

Blog: Pas¬sados quase uma se¬mana da morte do seu irmão, qual o sen¬ti¬mento da família?

Aldenir Canuto: O sen¬ti¬mento ainda é de muita tris¬teza pela perda do nosso irmão querido e ainda pelo fato da es¬posa e filhos que ele deixou. Sempre que se fala do Valderlei para o seu filho e ele diz: “Papai vai voltar para começarmos a nossa casa com aqueles ti¬jolos que ar¬ru¬mamos no quintal”. Sua fil¬hinha de 07 anos ainda está com olhar triste do dia do as¬sas¬si¬nato.

Blog: E o que você tem a falar dos co¬men¬tários de que a família vai se man¬i¬festar por meio de vi¬o¬lência?

Aldenir Canuto: Acred¬i¬tamos primeira¬mente da justiça de Deus e de¬pois no tra¬balho das au¬tori¬dades que in¬ves¬tigam o caso, cabe a nós aguardar o parecer deles, pois somos real-mente im¬po¬tentes di¬ante de ta¬manha grandeza de fatos e in¬ter¬esses políticos.

Blog: Seu irmão sofria ameaças de morte?

Aldenir Canuto: Sim, in¬clu¬sive no dia da sua ex¬e¬cução ele re¬cebeu du¬rante o pro¬grama uma ameaça de que daquele dia em di¬ante ele não pas¬sava.

Blog: A família tem sus¬peita de quem tinha in¬ter¬esse real nesse as¬sas¬si¬nato?

Aldenir Canuto: De con¬creto temos apenas aquela de¬nuncia no min¬istério público es¬tadual que o Valderlei fez o de¬mais a justiça vai em breve se pro¬nun¬ciar.

Blog: Você acredita que seu irmão tenha deixado algum le¬gado para os moradores de
ta¬batinga?

Aldenir Canuto: Lembro de al¬gumas palavras que fi¬carão imor¬tal¬izadas ditas por ele du¬rante um de¬bate na câ¬mara dos vereadores, quando crit¬i¬cado pela maneira voraz das suas crit¬icas.

Ele disse “Talvez eu não esteja co¬brando e nem reivin¬di¬cando da maneira cor¬reta, mas que ta¬batinga es¬tava apren¬dendo a co¬brar e que no fu¬turo sur¬giria al¬guém para co¬brar de outra forma, que não fosse tão in¬tensa, mais in¬teligente e numa rádio de outro país, mas que a pop¬u¬lação es¬tava apren¬dendo a reivin¬dicar seus di¬re¬itos e isso é um avanço sig¬nif¬i¬cante.















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