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Luiz Antônio da Costa
23 de julho de 2003

Caso: Luiz Antônio da Costa



Fotógrafo:

25 de julho de 2004
Clarinha Glock

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O fotógrafo da Revista Época Luiz Antônio da Costa, 36 anos, foi morto co

m um tiro à queima-roupa por volta das 15h20min do dia 23 de julho de 2003, quando fazia uma reportagem sobre a ocupação de um terreno por integrantes do Movimento dos Sem-Teto, em São Bernardo do Campo, São Paulo. Ele estava conversando com outros repórteres e um líder do movimento, quando o assassino passou correndo e disparou. O fotógrafo André Porto, do jornal Agora São Paulo, conseguiu fazer a foto do assassino com a arma na mão, logo depois do crime. O suspeito foi reconhecido por testemunhas como sendo a mesma pessoa que assaltou um posto de gasolina localizado próximo ao acampamento, momentos antes da morte de Costa.

“Foi muito rápido, vi uma pessoa puxando a câmera de Costa, ele deu um passo para trás, e o tiro foi disparado”, relatou Porto. De acordo com Porto, havia pelo menos mais cinco fotógrafos ao lado de Costa.

A polícia trabalha com hipóteses sobre a causa do crime. Uma delas, segundo Nelson Silveira Guimarães, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo – responsável por 38 municípios, incluindo São Bernardo do Campo –, é que o assassino do fotógrafo esteja envolvido no assalto ao posto de gasolina próximo e tenha tentado roubar a câmera de Costa. Um cinegrafista da TV Globo que estava no local também reconheceu o suspeito – ele teria tentado roubar a sua câmera de televisão antes de se dirigir ao fotógrafo da Época. Outra hipótese é que o assassino tivesse alguma rixa com o fotógrafo e que fosse integrante do grupo que estava ocupando ilegalmente o terreno.

O delegado Guimarães estranhou o fato de o assassino ter fugido em direção à multidão de acampados, correndo o risco de ser linchado ou preso. Mas lembrou também que os representantes do Movimento dos Sem-Teto calculam a presença no acampamento de cerca de cinco mil famílias, o que poderia facilitar ao bandido se infiltrar no meio das pessoas e conseguir uma proteção indireta. Guimarães informou que 50 policiais estão trabalhando no caso.

Costa foi funcionário durante cinco anos da Revista Época. Nos últimos tempos, fazia freelance para a revista. A morte do fotógrafo reabriu as discussões no Brasil sobre os riscos relacionados ao exercício do Jornalismo no país e a dificuldade da polícia e da Justiça em descobrir e punir os culpados. Desde a morte do repórter da TV Globo Tim Lopes, brutalmente assassinado por traficantes em junho de 2002, quando foi flagrado fazendo uma reportagem num baile funk num morro do Rio de Janeiro, ocorreram pelo menos cinco outras mortes que podem estar relacionadas ao exercício da profissão.

O empresário Domingos Sávio Brandão Lima Júnior foi morto em 30 de setembro de 2002 em Cuiabá, Mato Grosso. Era dono da Folha do Estado e da Rádio Cidade Cuiabá FM. A policia acredita que a morte de Lima esteja ligada às denúncias feitas no jornal sobre a atuação do crime organizado, com o jogo do bicho e com os envolvidos em máquinas caça-níquel. O principal suspeito de ser o executor do crime fugiu do presídio pela porta da frente.

A repórter Melyssa Martins Corrêa, 23 anos, editora do Caderno Tem! do jornal Oeste Notícias, foi morta em Presidente Prudente, São Paulo, em 3 de junho de 2003. As investigações indicaram que se trata de um latrocínio, mas foi cogitada a possibilidade de o crime estar relacionado com as críticas feitas por outros integrantes do jornal sobre a presença do crime organizado na região. O assassino foi identificado, mas permanece foragido.

Edgar Ribeiro Pereira de Oliveira, 43 anos, sócio-proprietário do semanário Boca do Povo, de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, foi morto em 9 de junho de 2003. Nicanor Linhares Batista, radialista, foi morto em 30 de junho de 2003, em Limoeiro do Norte, Ceará. Era diretor-superintendente da Rádio Vale Jaguaribana. Tinha um programa chamado Encontro Político. Nos dois casos, os jornalistas atuavam de forma polêmica, por isso se especula que os crimes possam estar relacionados a denúncias feitas pelas vítimas ou a pela própria forma de atuação deles, acusado de chantagear fontes.

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