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José Wellington Fernandes


13 de março de 2000

Caso: José Wellington Fernandes


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Caso arquivo:


(6/09/1963 - 13/03/2000)

Data do assassinato: 13/03/2000

Local e circunstâncias do assassinato: José Wellington Fernandez, conhecido como Zezinho Cazuza, foi atingido por um tiro de uma escopeta calibre 12 por volta das 3h30min, quando se dirigia a sua casa, na Rua Hortencio Alves Feitosa, no bairro Alto da Torre, em Canindé de São Francisco, Sergipe, Brasil. Ele voltava de uma festa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) quando foi chamado por um rapaz, que se encontrava na esquina com a Avenida Getulio Vargas. Ao se aproximar, recebeu o tiro disparado por uma pessoa que estava dentro de um carro estacionado ali perto. O corpo do radialista ficou estendido na calçada em frente ao Bar do Seu Duca, localizado na esquina das duas ruas. Cazuza foi socorrido, mas morreu a caminho do hospital.

Provável causa: Cazuza fez denúncias em seu programa de rádio sobre irregularidades administrativas supostamente cometidas pelo prefeito Genivaldo Galindo da Silva

Suspeitos: o inquérito policial apontou o tratorista José Ferreira de Melo, conhecido como Zé de Adolfo, como o pistoleiro que matou Cazuza. R.L.S., 17 anos, apelido Nininho, foi identificado como o jovem que atraiu o radialista para o local do crime. O prefeito Genivaldo Galindo da Silva foi indiciado como mandante. O pistoleiro Zé de Adolfo está preso, aguardando julgamento. Deu depoimentos contraditórios, ora acusando Galindo de ser mandante, ora dizendo ter sido torturado pela polícia para acusar o prefeito. Até o meio de dezembro de 2001, Nininho e Galindo estavam foragidos.

CRONOLOGIA

13/03/2000 - O radialista Zezinho Cazuza é assassinado com um tiro, por volta das 3h30min, quando voltava para sua casa de uma festa, em Canindé de São Francisco.

13 e 14/03/2000 - O delegado Jocélio Franca Fróes pede a prisão preventiva do tratorista José Ferreira de Melo, conhecido como Zé de Adolfo. Em depoimento à polícia, Zé de Adolfo confessou ter matado Cazuza a mando do prefeito Genivaldo Galindo da Silva. Disse que foi contratado por R$ 3 mil (cerca de US$1.250,00), dos quais haviam sido pagos apenas R$ 500 (US$209,00), que seriam divididos com o jovem R.L.S., apelido Nininho, que também participou do crime. O delegado pediu ainda a prisão preventiva de Nininho, mas ele não foi encontrado.

21/03/2000 - Zé de Adolfo negou a participação do prefeito Galindo no crime. Diz que matou o radialista a pedido de Nininho, porque o jovem se sentia perseguido por Cazuza quando ia a Canindé, uma vez que o radialista era supostamente homossexual. Afirmou que no dia em que matou Cazuza havia bebido muito e que havia comprado a arma com o dinheiro de Nininho. Também havia se sentido ofendido porque Cazuza o teria chamado de "bunda mole".

21/03/2000 - Em depoimento à polícia, Genivaldo Galindo da Silva disse que tem pouco contato com Zé de Adolfo. Segundo Galindo, o tratorista apenas trabalhava na cooperativa agrícola que prestava serviços para a Prefeitura. Negou conhecer Nininho, mas disse lembrar do pai dele, para quem arranjou emprego tempos antes da morte de Cazuza. Insinuou que o radialista tinha problemas de relacionamento com o proprietário da Rádio Xingó FM, Luiz Eduardo de Oliveira Costa.

23/03/2000- O proprietário da Rádio Xingó FM, Luiz Eduardo de Oliveira Costa, envia ao promotor público de Canindé de São Francisco, Petterson Almeida Barbosa, um relatório contendo uma série de denúncias de irregularidades administrativas que teriam sido cometidas pelo prefeito Genivaldo Galindo da Silva.

27/03/2000 - O procurador-geral de Justiça do Sergipe, Moacyr Soares da Motta, pediu a intervenção estadual em Canindé de São Francisco por seis meses para apurar as denúncias. No mesmo dia, o prefeito da cidade, Genivaldo Galindo da Silva, apresentou sua renúncia ao cargo. Assumiu a vice-prefeita, Rosa Maria Fernandes Feitosa, nora de Genivaldo, na época casada com Genilson Chaves Galindo (atualmente preso).

31/03/2000 - Zé de Adolfo deu um novo depoimento, desta vez para o delegado Sérgio Barbosa, e reafirmou que foi contratado por Galindo. Disse que havia negado antes, por orientação de seu advogado. Quando percebeu que não iriam tirá-lo da cadeia, voltou atrás.

Junho/2000 - Numa acareação com o prefeito Galindo, Zé de Adolfo voltou a afirmar que o prefeito tinha sido o mandante do crime. Galindo, por sua vez, disse que a mulher de Zé de Adolfo pediu que interferisse na sua soltura. Acusou Zé de Adolfo de estar mentindo e disse que só falaria sobre a acusação de ser o mandante do crime em juízo.

Agosto/2000 - A mulher de Zé de Adolfo, Marilene, declarou à polícia que estava sendo assediada por pessoas ligadas a Galindo para pressionar o marido a retirar as acusações contra o prefeito

14/11/2000 - Na presença de seu advogado, Aderval Vanderlei Tenório, Zé de Adolfo negou a participação no crime e disse que foi torturado pela polícia.

13/03/2001- O juiz corregedor do Tribunal de Justiça Neotônio Bezerra Machado decretou a prisão preventiva de Galindo.

Até 10 de dezembro de 2001 o ex-prefeito e Nininho permaneciam foragidos.


Arquivo pessoal:


Lugar de Nascimento: Propriá, Sergipe

Idade ao morrer: 36 anos

Estado Civil: solteiro

Filhos: não tinha filhos

Educação: 2º grau completo. Em abril de 1993 obteve o diploma de radialista na Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Rádio e Televisão de Sergipe.

Profissão/cargo: radialista da Rádio Xingó FM, em Canindé de São Francisco, Sergipe. Apresentava os programas "Cheiro do Mato", de segunda a sábado, das 5h às 8h, e "Mesa de Bar", aos sábados, das 22h às 24h. Também participava da venda de publicidade para a rádio.

Antecedentes Jornalísticos: teve uma banca de jornais no Rio de Janeiro (RJ) e em Propriá (SE). Trabalhou na Rádio Jornal, em Propriá. Foi apresentador de programas na Rádio Xingó FM de 1º/12/1994 até sua morte.

Atividade Social/passatempos: gostava muito de futebol, era fanático pelo time Flamengo, treinava equipes de crianças. Sua casa era conhecida como Casa de Doação, porque ali distribuía alimentos e artigos de primeira necessidade à comunidade carente.

Outras atividades ou funções: produzia e animava festas e shows na cidade. Nestas ocasiões, usava um lenço amarrado na cabeça, imitando o cantor de música popular brasileira Cazuza (já falecido), daí o apelido. Também era locutor em comícios políticos e em carros de som. Por duas vezes tentou eleger-se vereador.

Prêmios: locutor do ano na região, em 1999, dado pelos alunos da Rede de Ensino Público de Canindé e Rádio Xingó FM. Depois de sua morte, a Rádio Xingó FM deu o nome de Zezinho Cazuza para a sala da administração, em sua homenagem.

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