2 de junho de 2002
Caso: Tim Lopes
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Policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core) prenderam no dia 25 de junho ...:
25 de junho de 2004
Clarinha Glock
Policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core) prenderam no dia 25 de junho de 2004 o traficante Alexandre Vieira, 35 anos, conhecido como O Grande ou Mais Alto. Vieira estava refugiado em Macaé, no Rio de Janeiro, e se recuperava de um ferimento à bala no pé. Segundo o delegado Rodrigo Oliveira, Vieira é o chefe do tráfico na Vila Cruzeiro, no Complexo do Alemão, onde o jornalista Tim Lopes, da TV Globo, foi preso pelos traficantes antes de ser morto, em junho de 2002. Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, que teria dado a ordem de matar o jornalista, era subordinado a Vieira. A polícia acredita que, por omissão ou aquiescência, já que nada acontece no morro sem a autorização da chefia do tráfico, Vieira deve ter participado da morte do repórter. O traficante disse à polícia que só fala à Justiça.
A promotora da Justiça Viviane Tavares Henriques, da 3ª Promotoria do 1º Tribunal do Júri, que acompanha o Caso Tim Lopes, não sabe se Vieira chegou a ser citado no processo relativo à morte do jornalista. Sete pessoas foram presas por envolvimento no crime, entre elas, Elias Maluco. Vieira não havia sido denunciado junto com os demais acusados. “Talvez tenha sido citado pelo apelido”, observou a promotora. Ela vai reler todo o processo para verificar se existe já alguma menção ao nome de Vieira e, se for o caso denunciá-lo também pela morte do jornalista..
Dos sete acusados pela morte de Tim Lopes, quatro recorreram da sentença, incluindo o chefe, Elias Maluco. O Tribunal de Justiça manteve a decisão que os condenou pelo crime, e agora o processo deve entrar na fase de exposição das provas (libelo) antes de ser marcado o julgamento dos envolvidos. Em relação aos três acusados que não recorreram da sentença - Claudino dos Santos Coelho, Reinaldo Amaral de Jesus e Eliseu Felício de Souza -, já foram apresentados libelos e pedidas novas diligências. A promotora acredita que o julgamento deles deve sair a partir de setembro.
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